Mapa global de temperaturas em junho (Imagem: Nasa)

#NEWS

2017: ainda extremo, mas menos quente

Ano que chega verá temperaturas acima da média, mas não deverá bater os recordes de 2015 e 2016 devido ao final do El Niño, afirmam meteorologistas de agência do governo britânico

21.12.2016 - Atualizado 11.03.2024 às 08:27 |

ED KING
DO CLIMATE HOME

O aquecimento global dá poucos sinais de recuo, apesar do declínio do fenômeno El Niño que elevou ainda mais as temperaturas em 2015 e 2016.

O Met Office, a agência de tempo e clima do governo britânico, diz que o ano de 2017 deverá ser mais quente que a média, mas que dificilmente baterá 2015 e 2016, os anos mais quentes já registrados desde 1850.

“Espera-se que a temperatura média global para 2017 fique entre 0,63oC e 0,87oC acima da média de longo prazo (1961-1990) de 14oC, com uma estimativa central de 0,75oC”, disse a agência em comunicado.

Este ano viu temperaturas chegarem a 0,84oC acima da média 1961-1990, com 0,2oC desse total devidos ao El Niño, disse Chris Folland, um pesquisador do Met Office.

O El Niño é um fenômeno meteorológico que ocorre em ciclos de três a cinco anos. Ele aumenta as temperaturas globais e perturba os padrões de chuva, levando a secas em grande parte da África e a enchentes na América Latina.

Mesmo sem o El Niño, o ano que vem será “muito quente globalmente”, disse Adam Scaife, chefe da previsão de longo prazo do Met Office.

Mais cedo neste ano, os níveis de gás carbônico – o principal gás de efeito estufa – no ar ultrapassaram a marca histórica das 400 partes por milhão “pelo resto da vida”, segundo um cientista.

Mais aquecimento tende a levar a um aumento em eventos climáticos extremos, como chuvas irregulares, secas e aumento do nível do mar, afirma o IPCC, o painel do clima das Nações Unidas.

Este texto foi originalmente publicado no Climate Home e é reproduzido pelo OC numa parceria de conteúdo.

Related

Nossas iniciativas