Alfredo Sirkis é nomeado para o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas
DO OC
O jornalista, ambientalista e ex-deputado federal carioca Alfredo Sirkis foi oficializado na sexta-feira (28) no cargo de secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. O fórum, presidido pelo Presidente da República, é o órgão de interface entre o Palácio do Planalto e a sociedade sobre o tema. A cadeira estava vaga desde maio, quando o físico Luiz Pinguelli Rosa deixou o posto em protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff.
Sirkis foi presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso e é fundador e diretor do Centro Brasil no Clima, uma organização com sede no Rio que organizou a campanha “Ratifica Já!”, para acelerar a ratificação do Acordo de Paris pelo Congresso brasileiro. O tratado passou por Câmara e Senado em três meses.
Ele é o principal defensor, no Brasil, da chamada “precificação positiva” do carbono, que consiste em atribuir valor às reduções, criando uma “moeda” internacional de mitigação. Ele acredita que esta é a única maneira de mobilizar recursos financeiros da ordem de trilhões de dólares para atacar o problema das mudanças climáticas. A ideia foi explicada em uma série de artigos para o Observatório do Clima.
Indicado pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV-MA), Sirkis é o terceiro secretário-executivo do FBMC desde sua criação, em 2000. Até 2004 o fórum foi chefiado pelo advogado Fábio Feldmann, sucedido durante os governos petistas por Pinguelli. No governo Dilma, o fórum caiu em desprestígio: a primeira vez que a presidente reuniu o órgão foi em 2012, com mais de um ano de mandato, às vésperas da Rio +20 – quando chamou as energias renováveis de “fantasia”. Nos seus cinco anos de governo, Dilma só voltaria a reunir o fórum mais uma vez, em junho de 2013.