O Observatório do Clima lamenta profundamente a morte do colega, amigo e ídolo Alfredo Sirkis, nesta sexta-feira no Rio de Janeiro.
Sua trajetória, de combatente da ditadura militar a ativista climático – ou, como ele gostava de dizer, “de carbonário a descarbonário” – sempre será uma inspiração para o movimento ambiental. E torna-se ainda mais importante agora, quando o Brasil precisa mais uma vez exorcizar o autoritarismo e lutar pela sustentabilidade.
Sirkis deixa legados gigantescos na literatura, como escritor premiado; na política partidária, como cofundador do Partido Verde e um dos mais atuantes deputados ambientalistas da história do Congresso Nacional; e na luta contra a crise do clima, com a inserção da “precificação positiva” do carbono, que ele chamava de “minha obsessão”, no texto do Acordo de Paris.
Para quem teve o privilégio de conviver com ele, o jornalista carioca deixa a lembrança de um bom humor inabalável, de uma verve memorável e de uma mistura única de erudição e informalidade.