Morador observa estrago causado por enxurrada em Murici, AL (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

#PRESS RELEASE

Clima agravará desigualdade no Brasil

Estudo do Greenpeace mostra, por estados e regiões brasileiras, os impactos sobre os principais setores da nossa economia e na sociedade, caso o aquecimento global não seja combatido

11.11.2016 - Atualizado 11.03.2024 às 08:27 |

DO GREENPEACE

As mudanças climáticas poderão impactar a produção agrícola do Brasil, mexer com nossa economia e aumentar nossa conta de luz. E serão as populações mais pobres e vulneráveis as principais afetadas pelo fenômeno. Esses dados, que alertam para a urgência de medidas de combate ao aquecimento global, estão no relatório E agora, José? – O Brasil em tempos de mudanças climáticas.

>>> Leia o relatório na íntegra
>>> Ou acesse a versão resumida

Lançado pelo Greenpeace durante a COP22, 22ª Conferência do Clima das Nações Unidas, o relatório analisa 46 estudos publicados entre 2008 e 2016. E traz, pela primeira vez, uma síntese do conhecimento acumulado até então. O foco é nos efeitos observados ou previstos para o país, por estados e regiões geográficas, a partir do aumento nas temperaturas médias no planeta. Entre os temas abordados estão: agricultura, desastres naturais, geração de energia, saúde e migração.

Um dos fatores mais relevantes para a grande perda no PIB são os impactos previstos para a agropecuária. Mudanças nos padrões das chuvas e a diminuição de áreas de baixo risco para o plantio podem trazer grandes prejuízos para a produtividade no campo. Em um cenário de aquecimento de pelo menos 1,4 ºC, as perdas podem chegar a R$ 3,6 trilhões em 2050.

“Este relatório mostra que o tema das mudanças climáticas não se resume a um debate entre diplomatas, cientistas e ambientalistas que se reúnem em conferências da ONU. É uma questão presente no dia a dia das pessoas e pode trazer fortes impactos negativos, afetando a conta de luz no final do mês e influenciando no preço dos alimentos. Os prejuízos de um planeta mais quente serão caros. No Brasil, quem vai pagar a maior parte desta fatura será a população mais pobre”, diz Márcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace

Related

Nossas iniciativas