Temperatura do oceano também permanece apresentando anomalias em 2024 (Imagem: CS3/Copernicus)

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Dados de novembro confirmam expectativa de 2024 como o ano mais quente

Anomalia da temperatura média global é a mais alta já registrada

09.12.2024 - Atualizado 09.12.2024 às 13:08 |

DO OC – “Com os dados do [serviço climatológico europeu] Copernicus para o penúltimo mês do ano, podemos agora confirmar com certeza que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano civil acima de 1,5 °C”, afirmou Samantha Burgess, diretora-adjunta do Copernicus, ao divulgar os números nesta segunda-feira (9).

Novembro de 2024 registrou uma temperatura média do ar na superfície de 14,10 °C, o que é 0,73 °C acima da média para o mês no período de 1991-2020. Esse resultado torna o mês o segundo novembro mais quente já registrado, atrás apenas de novembro de 2023.

De janeiro a novembro, a anomalia da temperatura média global ficou 0,72 °C acima da média de 1991-2020, a mais alta já registrada para esse período, superando em 0,14 °C o mesmo intervalo em 2023. Esses dados confirmam que 2024 será o ano mais quente já registrado, com a temperatura global excedendo em mais de 1,5 °C o nível pré-industrial (1850-1900). “Isso não significa que o Acordo de Paris foi violado, mas reforça que uma ação climática ambiciosa é mais urgente do que nunca”, destacou Samantha Burgess.

A temperatura média da superfície do oceano em novembro foi de 20,58 °C, o segundo maior registro para o mês, apenas 0,13 °C abaixo de novembro de 2023. As águas mais quentes fornecem maior energia para a formação de furacões. No Atlântico, a temporada de furacões deste ano (1º de junho a 30 de novembro) foi 28,5% mais intensa do que a média, com 18 tempestades nomeadas (ventos a partir de 39 km/h), segundo dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. Dessas, onze se tornaram furacões (ventos a partir de 119 km/h) e cinco evoluíram para grandes furacões (ventos a partir de 178 km/h).

Quanto ao gelo marinho, a extensão no Ártico foi a terceira menor já registrada para o mês, ficando 9% abaixo da média histórica. Na Antártida, a extensão do gelo ficou 10% abaixo da média, mantendo a tendência de anomalias negativas observada em 2023 e 2024. O Copernicus também apontou que regiões do planeta registraram condições de umidade ou seca mais extremas do que a média. (PRISCILA PACHECO)

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