Estados assumem meta de zerar desmate ilegal da Mata Atlântica
Documento proposto pela Fundação SOS Mata Atlântica traz compromisso de ampliar a cobertura florestal nativa e alcançar o desmatamento ilegal zero no bioma até 2018
Da SOS Mata Atlântica
Secretários de Meio Ambiente de 15 dos 17 Estados da Mata Atlântica assinaram a carta conjunta “Nova História da Mata Atlântica”, documento proposto pela Fundação SOS Mata Atlântica que apresenta o compromisso desses Estados em ampliar a cobertura florestal nativa e perseguir o desmatamento ilegal zero no bioma até 2018.
“A sociedade brasileira não aceita mais o desmatamento como o preço a pagar pela geração de riqueza. Considerando que 72% dos brasileiros habitam a região originalmente coberta pela Mata Atlântica, preservar o que restou e restaurar o que se perdeu tornou-se uma questão de sobrevivência. E uma agenda estratégica para o país”, aponta o documento.
“É fundamental esse compromisso formal dos secretários em defesa da Mata Atlântica, Patrimônio Nacional, que agora precisa ser refletido em ações práticas de conservação da rica biodiversidade do bioma em Unidades de Conservação públicas, com incentivos à criação de mais Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), benefícios a quem preserva florestas naturais por meio do Pagamento por Serviços Ambientais, ICMS-Ecológico e outros mecanismos já existentes no país”, explica Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
A carta constata que a base jurídica para a meta do desmatamento ilegal na Mata Atlântica existe desde 2006, quando foi criada a Lei da Mata Atlântica, regulamentada nos Estados. “Agora é necessário tornar essa lei, que é uma conquista da sociedade, uma realidade, com investimentos contínuos e planejados em monitoramento, fiscalização e proteção dessa floresta”, diz Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.