O superaquecimento da Terra já representa um ônus para populações e ecossistemas no mundo inteiro hoje e seus impactos serão catastróficos para a sociedade, em especial nos países pobres, caso não se adotem medidas para limitá-lo a 1,5oC.
O país é um dos dez maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo e, ao mesmo tempo, tem populações urbanas, zonas costeiras e biomas extremamente vulneráveis aos eventos climáticos extremos, à elevação do nível do mar e ao aumento médio das temperaturas.
A crise é global e atinge toda a sociedade. Suas soluções também precisam ser coletivas. Acreditamos na ação em rede como a melhor forma de unir pensamentos e habilidades distintos em torno dessa agenda.
As transformações necessárias no mundo para resolver a crise do clima transcendem os governos e demandam controle social, informação e frequentemente, pressão sobre tomadores de decisão públicos e privados. A sociedade civil tem um papel crucial nisso.
O Brasil está numa posição singular na transição para um mundo descarbonizado, por sua extensão territorial, pelas suas florestas, pela sua matriz energética e pela qualidade de seu ensino superior. Avançar contra a crise do clima significa não apenas proteger os brasileiros, mas também.
A promoção de ações que contribuam para a transição justa e uma economia descarbonizada e o fim da ameaça das mudanças climáticas à humanidade e aos ecossistemas;
O incentivo à geração e ao consumo de energia provenientes de fontes renováveis, à co-geração de energia e à eficiência energética;
A promoção de estratégias para o uso sustentável da terra, proteção e restauração da biodiversidade, garantindo a saúde ambiental dos biomas, reconhecendo sua importância como sumidouros e reservas vitais de carbono, biodiversidade e de recursos hídricos;
A proteção e a recuperação de habitats baseado em biomas nativos, considerando suas especificidades e características locais e regionais;
A ampla consulta pública e avaliação dos impactos associados aos projetos de mitigação de gases de efeito estufa nas comunidades, nos ecossistemas, na diversidade étnica, cultural e no modo de vida das comunidades, na geração de emprego e na distribuição de renda;