Adaptação
Quando se fala em resposta à mudança do clima, está implícita a combinação de iniciativas de adaptação aos efeitos dessa mudança e de mitigação, ou seja, redução de emissões de gases do efeito estufa.
Quando se fala em resposta à mudança do clima, está implícita a combinação de iniciativas de adaptação aos efeitos dessa mudança e de mitigação, ou seja, redução de emissões de gases do efeito estufa. Tanto a CQMC quanto o IPCC desenvolvem estudos científicos e metodológicos para lidar com essas questões.
O IPCC trabalha com a noção de que a capacidade de resposta de cada país depende de condições sociais, econômicas e ambientais e da disponibilidade de tecnologia e informação. Quanto ao último quesito, atualmente existe muito mais informação sobre os custos e a eficácia das alternativas de mitigação do que de adaptação.
Para conferir iniciativas concretas que diferentes países estão adotando para mitigação e adaptação à mudança do clima, acesse Políticas no Mundo e Políticas no Brasil.
Apesar da adaptação a eventos climáticos intensos fazer parte da história das sociedades humanas, o IPCC adverte que medidas mais amplas e iniciativas em nível regional e local adicionais serão necessárias para se reduzir impactos adversos da mudança do clima e suas variações, independente da escala de mitigação aplicada nas próximas duas ou três décadas. Por outro lado, a adaptação não deve ser suficiente para lidar com os impactos da mudança do clima, principalmente porque esses impactos devem crescer em magnitude no longo prazo. Abaixo estão listadas estratégias de adaptação apresentadas pelo IPCC para alguns temas-chave:
Água
– Ampliar cultivos que usam água da chuva;
– Técnicas de armazenamento e conservação;
– Reuso;
– Dessalinização;
– Eficiência no uso da água e na irrigação.
Agricultura
– Readequação de períodos de plantio e gêneros de cultivo;
– Realocação de plantações;
– Melhoria do gerenciamento da terra (ex: controle de erosão e proteção do solo por meio do plantio de árvores).
Infra-estrutura / assentamentos
– Realocação;
– Barreiras contra tempestades e aumento do nível do mar;
– Reforço de dunas;
– Compra de terras para criação de áreas alagadas como amortecimento ao aumento do nível do mar e a enchentes;
– Proteção de barreiras naturais existentes.
Saúde
– Planos de ação para promoção da saúde;
– Serviços médicos de emergência;
– Melhoria da vigilância e do controle de doenças sensíveis ao clima;
– Garantia de água segura e melhoria do saneamento.
Turismo
– Diversificação das atrações turísticas e fontes de renda;
– Realocação de pistas de esqui para altitudes mais altas e glaciares;
– Produção de neve artificial.
Transporte
– Realocação de rotas;
– Padrões de projeto e planejamento de vias;
– Trilhos e outras estruturas para lidar com aquecimento e drenagem.
Energia
– Fortalecimento de linhas de transmissão e de infra-estrutura de distribuição suspensas;
– Cabeamento subterrâneo;
– Eficiência energética;
– Uso de fontes renováveis;
– Redução da dependência sobre uma fonte única de energia.